Olá lindo leitores do blog.
Que saudade de vocês, de poder visitar os blogs, mas no momento, o máximo que eu consigo fazer é retribuir os comentários. Isso tem seu lado bom, significa que estou ocupada e muito bem, por sinal! hehehe
Dando vida ao meu novo projeto: um livro que terá como cenário a magnífica paisagem andina. Alguém já veio para cá? O que achou? Tem vontade de conhecer?
Bem, vou deixar para vocês, enquanto esse segundo livro não sai, a resenha do primeiro. Quem escreveu foi a Vivian Pitança do blog:
Reflexão Literária
Vamos conferir:
RESENHA escrita por Vivian:
"O barco representa cada um de nós e o rio, o caminho que nos levará até o nosso sonho!" Esta é a frase que está escrita na dedicatória da autora, no livro. E sabe o que eu digo? Sim! Temos nossos sonhos, temos nossos objetivos, nossa vida, e temos, é claro, um caminho que nos levará até nosso destino. Acredito que nada é por acaso, e que até as adversidades do caminho contribuem para chegarmos ao nosso destino. Muitas vezes pensamos que algo é o melhor para nós, e ficamos decepcionados por não conseguirmos aquilo. Depois de um tempo, percebemos que algo muito melhor veio, e que com certeza, foi o melhor caminho, a melhor resposta para nossos pedidos. E acredito também, que além de compreender e ter paciência, devemos ir atrás dos nossos sonhos. Amazônia é um livro que mostra isso. A jornada pelo sonho. O caminho que devemos percorrer para alcançar nosso destino, mesmo que ainda não saibamos qual será ele. Tudo isso e muito mais, na bela viagem por este lugar do qual tão pouco sabemos, para o muito que pensamos saber.
O que você pensa da Amazônia? Que lá é um lugar onde só tem índios, gente simples demais e ribeirinhos? Que tem animais que você viu na TV semana passada? Então se prepare, porque é muito mais que isso! Notamos, logo de cara, que a Amazônia é um lugar muito além dos nossos preconceitos. E descobrimos que também temos uma imagem formada para eles, que moram lá. Além de quebrar os preconceitos contemporâneos, ainda quebramos os históricos, aprendemos sobre a história do Brasil, e percebemos que atos europeus não foram heroicos como alguns métodos de ensino tentam retratar. Vemos um lado mais crítico do assunto. Dá para perceber, por todas as informações que encontramos sobre o lugar e sobre a história, que a autora pesquisou mesmo, e bem! É como viajar para a Amazônia, mesmo. Ouve-se falar em problemas de lá, os quais não conhecemos muito. Como por exemplo, a biopirataria. E também dá para conhecer os diversos pontos positivos, como alguns pontos turísticos e algumas lendas incríveis.
E o mais legal de tudo é que um livro que ensina tanto, na verdade não é didático, não é um manual, um relatório jornalístico. É uma ficção. Uma história com personagens fascinantes, que nos encantam. É o tipo de livro que contém personagens que queremos em nossas vidas, conosco, como amigos. Pensamos que temos que conhecer alguém como tal ou qual personagem. Em alguns momentos, alguns chegam a ser até muito perfeitos, de início, mas depois vemos que eles têm fraquezas, têm defeitos sim. E até conseguimos entender, porque tal personagem age do jeito que age, positivamente ou não. Falando no modo de agir deles e na perfeição, não se engane, não se trata de perfeição padrão cliché, fulano é bonito, tem não sei quantas coisas, blá, blá, blá... Não é a ilusão da perfeição material, mas sim um grande amadurecimento da alma. Não há foco nas aparências, há foco no conteúdo deles. Você não vai pegar muitas descrições físicas além do fundamental, mas vai ver lindos diálogos, que te farão refletir e repensar em muitas coisas da vida.
Tudo começa com quatro amigas viajando para a Amazônia, em busca de se encontrar, descobrir qual caminho seguir. Buscam aprender, descobrir, e não só conhecer o local por curiosidades e tirar fotos. Querem realmente conhecer o lugar, ir além da superficialidade turística. Algumas já têm um sonho, outras, querem descobrir qual seu sonho, qual seu caminho e como chegar até ele. São elas Ana Carolina, Rafaela, Camila e Joana. Esta é sobrinha de Daniel, que as acompanha na viagem. A que mais me chamou a atenção foi Ana Carolina, que apresenta uma visão de mundo maravilhosa. Ela vê além das aparências, além do senso comum, reflete, tenta dar o melhor de si ao mundo, pois aprendeu a agir assim. Cheguei a me identificar com ela muitas vezes e a admira-la ainda mais em outras. Depois, há Rafaela, que sonha em ser escritora, mas não sabe por onde começar. De início, ela é tímida, retraída, parece ter medo de ousar, de se aventurar. E pouco a pouco, durante a viagem, vai descobrindo a vida e a si mesma. Camila já é mais brincalhona. Adora dormir e é, também, muito espontânea. Achei muito legal o fato da autora explicar isso, porque em alguns momentos, a personagem age de modo espontâneo, e poderia dar a impressão de que ela age para chamar a atenção, porém é explicado, até, na narrativa, que ela é realmente daquele jeito, espontânea, divertida... Camila! Joana é inteligente, apresenta maturidade, também, e igualmente uma boa visão de mundo. E Daniel, seu tio, é professor de história, graças a ele, durante a viagem, vamos conhecendo não só o lugar, mas a história dali, e refletindo sobre o passado e o presente, na tentativa de entender o futuro. Todos com uma visão peculiar, que amplia nossos horizontes e nos faz suspirar de esperança de um mundo melhor, com pessoas como eles.
Viajam de Manaus a Belém, passando por Parintins, Santarém e Fordilândia. Conhecemos esses lugares, e eu nem sabia que um deles existia. Fordlândia? Sim. Tem relação com Henry Ford. Se você não sabe, Henry Ford foi quem desenvolveu o Fordismo... Lembra? Produção em massa, linha de montagem e etc? Não? Então, saiba que foi uma figura importante para a história, assim como o Fordismo, pois graças ao sistema, temos grande parte da atualidade, que já se modificou, porém teve seu primórdio. A empresa dele, obviamente, era grande, e o que eu nunca ia imaginar, investiu no Brasil, na Amazônia, criando a Fordlândia, que é uma espécie de cidade ao estilo americano, com investimentos que atendessem aos interesses da empresa, é claro. Porém o investimento não deu certo. Apesar disso, a cidade está lá, os lugares principais abandonados, mas ainda está lá, como parte da nossa história, da qual infelizmente, não lembramos.
Esses e outros conhecimentos são adquiridos com a leitura. Se você procura um livro que te acrescente muito, te faça aprender não só sobre história e a atual situação do local, mas também te faça refletir sobre a vida, leia Amazônia - Um Caminho para o Sonho. Garanto que vai se apaixonar. Quer mais exemplos? Fala-se sobre julgar as pessoas pela aparência, em determinada situação. Mostra-se que o amor pode ser mais que especial, muito além do contato físico. Sobre uns terem muito e não ajudarem quem tem muito pouco, muito mais coisas, e principalmente, sobre ir atrás do que se quer, sobre acreditar nos próprios sonhos, lutar por eles, e não desistir, apesar dos obstáculos do caminho. E para as românticas, que já se animaram ao ler a palavra amor, sim, há romance. Nós ficamos torcendo demais, agoniadas! Mas conseguimos compreender, no final, a mensagem que se quis passar com aquilo. Apesar disso, já deixo o recado para a autora de que quero muito ver mais interação entre certo casal. Sem mais, sem spoilers. Leia, suspire, sonhe e se apaixone. E depois volte ao meu cantinho, para me contar.
Eu não falo muito sobre diagramação e etc, acho que o que importa nos livros é o conteúdo. O que acho que vale ser levado em conta é se por acaso, o formato dele dificulta a leitura. Para mim, Amazônia tem um bom formato. As folhas são brancas e não me atrapalharam em nada. Só sou a favor, de nas próximas edições, haver uma foto da autora na aba em que está seu perfil. Seria muito legal, dá para quem não viu divulgação pela internet e etc, imaginar melhor. E se você viu, pretende ler o livro ou já leu, pode entrar em contato com ela, que sempre responde todos com muito carinho. Tenho certeza de que dentro dela há um pouco de especial de cada personagem. E como crítica construtiva, só deixaria, além do meu pedido de coração de manteiga, um alerta para a escrita, que está boa, mas pode melhorar. Pode soar mais natural em alguns momentos. Apenas isso. São detalhes pequenos que podem ajudar futuramente, mas que não atrapalham em nada a leitura. Tanto que me apaixonei pela história desse grupo, me emocionei demais e não poderia dar menos que cinco estrelas.
Deixo meus agradecimentos à autora, que sempre foi super atenciosa e gentil. Em outras palavras, mais que fofa, comigo. É um prazer te ter como parceira, Marli. Muito sucesso!