5 de setembro de 2013

Rosas de cristal

        Criança espevitava era eu. Cabelos lisos e loiros. Olhos cheios de vida, sorriso travesso, perna de saracura.
Naquela época, entre brincadeiras e deveres, o mundo era o lugar onde eu estava. Dias brilhantes aqueles! Possivelmente jamais passou pela minha cabecinha onde eu estaria em 2013, quais seriam os meus sonhos hoje, o que mexeria com minha alma, e muito menos que eu sobreviveria ao fim do mundo!
Mas o que eu tenho de mais precioso sobre aquela época não são apenas as doces recordações ao lado das duas pessoas que me viram crescer, que acompanharam os meus passos. Que sempre estiveram ao meu lado, brigando ou abraçando. 
O que eu tenho de mais importante sobre aquela época são justamente elas, que ainda hoje estão ao meu lado. As duas pessoas que compartilharam das mais agradáveis e puras travessuras comigo. As duas que me fizeram chorar e ter orgulho por serem minhas!
Na guerra e na paz, minhas rosas de cristal.
E como se fosse possível, apesar de eu não ser um poço de demonstração; amo-as mais do que ontem e menos do que amanhã.
Elas me levaram para a escola, enxugaram minhas lágrimas, conheceram os meus medos, me ajudaram no dever de casa e da vida. Viram-me crescer, mudar os pensamentos e me tornar uma pessoa chata e diferente demais! E mesmo assim continuaram a me aceitar e a me amar.
Brigaram também, não direi que não.
Brigaram e brincaram.
Brincaram e brigaram.
Eu as amava mesmo assim. Talvez não soubesse direito, mas as amava! Hoje eu sei! O que não sei, é exatamente quando foi que eu percebi que as amava; ou se já nasci amando-as. Isto realmente não sei! Mas sei quando foi que eu percebi que não poderia viver sem minhas rosas de cristal!
Era verão, talvez início de verão.
Verão. Pronto!
Elas precisaram ir e eu não pude ir com elas. Tive de ficar por causa dos estudos, estava na sexta série, e alguém da sexta não pode perder dias de aula, certo?
Tive de ficar...
Foram dias diferentes aqueles. Passei a ficar ainda mais tempo com minha melhor amiga. Mas era como regar uma flor que você sabe que vai perder. A ausência acabou por nos afastar.
A ausência é algo estranho.
Estranho e milagroso!
A ausência que me afastou de minha melhor amiga de infância, esta mesma ausência! Aproximou-me de uma forma mais sublime de minhas rosas de cristal.
Rosas de cristal jamais morrem!
A páscoa de 1993 foi a mais feliz de toda a minha vida. Depois de um período longe, nos reencontramos nos abraçamos e comemos chocolate. Temos uma foto daquele dia, não comendo chocolate! Apenas uma foto.
Engraçado como eu não lembro absolutamente nada sobre aquele dia: o que falamos o que fizemos. Nada além do fato de ter sido um dia pra lá de feliz e especial na minha curta vida. E tudo isso, por que elas estavam comigo, compartilhando o momento.
Foi naquele dia então, que eu percebi que não poderia viver sem minhas rosas de cristal: Márcia e Karin, minhas irmãs de sangue e alma!
Amo-as hoje mais de que ontem e menos do que amanhã....


                   
                   Que a paz esteja com vocês e que Deus se faça presente em seus dias.
                                      M.C. Jachnkee.


                              







2 comentários:

  1. Texto lindo!! *-*
    Ai esses irmãos, que as vezes queremos matar, mas que protegeríamos contra o mundo. <3

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  2. Ownnn que texto mais lindo minha flor... nossa super emocionada aqui eu brigo constantemente com a minha irmã, mas a protejo de qualquer um que a faça mal rs xero!!! Muito obrigada por sempre visitar o meu blog... Xero!!!

    http://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/

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